Homem perde parte do dedo da mão em acidente de trem no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)
As informações sobre o ferido foram confirmadas pela sala de polícia do Hospital Carlos Chagas, para onde a vítima foi levada. A Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, afirma que Ricardo Barbosa sofreu uma fratura na falange no dedo polegar e, após passar por uma primeira avaliação no Hospital Carlos Chagas, foi transferido para o Hospital Estadual Albert Schweitzer. Por volta das 10h23, o paciente estava sendo avaliado pela equipe de ortopedia da unidade.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, dezesseis pessoas tiveram ferimentos leves e foram levadas para hospitais da região. Anteriormente, os bombeiros haviam confirmado que dez pessoas tinham ficado feridas no acidente. No entanto, segundo a corporação, o número de vítimas aumentou por volta das 8h40.
Sete vítimas foram levadas para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no subúrbio, cinco foram encaminhadas para o Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, e quatro feridos foram encaminhados para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Em nota, a SuperVia, concessionária que administra o transporte, informou que por medida de segurança, um dos acessos à estação Madureira foi interditado. (Veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).
Segundo a concessionária, a circulação no ramal de Japeri, Deodoro e Santa Cruz chegou a operar com 30 minutos de atraso por volta das 9h10 desta terça, devido ao acidente. Por volta das 10h, a circulação foi normalizada em todos os ramais. No entanto, ainda segundo a empresa, por medida de segurança, os trens circulam em velocidade reduzida ao trafegar pela região. A composição que descarrilou foi levada para manutenção.
'Começaram a passar mal'
Segundo a recepcionista Lainara Andrade, que estava no penúltimo vagão do trem, o desespero das pessoas foi muito grande no momento do acidente.
“É horrível ver tudo sacudindo, as pessoas caindo e não poder fazer nada. Quando o trem começou a tombar e bater nas pilastras, as pessoas começaram a gritar. Depois, quando o trem parou, muitas pessoas começaram a passar mal. As portas não abriam e foram os próprios passageiros que tiveram que forçar para abrir. Foi um horror", contou Lainara, que estava a caminho do trabalho no momento do acidente.
A passageira Silvania da Silva relatou ao G1 que o acidente só não foi pior porque o trem estava com velocidade baixa. "O trem estava lotado, mas a sorte foi que já estava em baixa velocidade, pois estava chegando à estação. Se estivesse no meio do percurso, não gosto nem de imaginar o que teria acontecido", disse.
Silvana contou ainda que já presenciou outros acidentes. "Há um certo tempo aconteceu a mesma coisa, mas foi pior, pois o trem estava no meio do percurso, entre duas estações. Muitas pessoas se feriram. Além dos riscos, todo dias os vagões estão superlotados e extremamente quentes".
Após sair do Hospital Carlos Chagas, Pedro Luis Barreto, 57 anos, que também estava no trem, contou que achou que todo mundo fosse morrer. "Ouvimos um barulho na estação de Oswaldo Cruz e na estação de Madureira foi aquele tumulto depois do acidente. Pensei que ia tudo pegar fogo e todo mundo morrer ali. Era muita fumaça", disse Pedro, que foi submetido a um eletrocardiograma, exame de sangue e recebeu medicação porque a pressão arterial subiu.
Nesta terça-feira (25), uma reportagem exibida no Bom Dia Rio mostrou o drama de todos os dias para quem usa trem. Conforme mostrou a matéria, os passageiros ficam preocupados com o horário que a viagem vai terminar e se chegarão ao destino pretendido. (veja a reportagem ao lado)
Vistoria do Crea
Agentes de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) faziam, por volta das 11h20, uma vistoria na composição que decarrilou e nas pilastras da estação de Madureira. Ainda nesta terça, os agentes vão fazer um relatório e enviar para a sede do Crea.
Leia na íntegra a nota da SuperVia
"A SuperVia informa que, por medida de segurança, um dos acessos à estação Madureira foi interditado. Apenas a entrada próxima ao viaduto Negrão de Lima está liberada para embarque e desembarque. Uma equipe de engenheiros da concessionária está no local para realizar vistoria. Os técnicos permanecem com os trabalhos na via realizando os reparos na infraestrutura. A concessionária informa que já instaurou uma comissão interna para apurar as causas do acidente e o laudo será concluído em até 30 dias".